As veias do destino

Foste tu,
que te afogaste na água amável?
Ou eu,
já submerso que te chamei?

Tu vieste; e eu estremeci.
Depois
nada mais soube.

Talvez ainda vivas no meu espelho,
talvez não tenha morrido
dentro do teu.

Naquela acção análoga e induzida.
Uma mão que puxa
uma mão que pede.

Borboletas de asas azuis circunscritas
olham agora o mesmo céu.

Fernando Oliveira

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