A ebriedade da noite escalda o peito
no fim do dia impúdico.
Flutua no ar entusiástico um inferno cobiçoso
vindo directo da caldeira do astro-rei
A silhueta esgueira-se felina por entre as cortinas de cetim
soprando unguento de jasmim.
O tempo evapora-se no porquê
da dança ebúrnea e febre
da sombra com pele de musselina.
E assim nasce o propósito.
Os peitos crescem até ao cio
para amamentar as estrelas
antes de caírem
no estuário do quebranto.
Fernando Oliveira
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