Comprimido entre o dia e a noite.
Não tenho saída
não existe terceira via.
No dia, existo como a luz.
Um mapa moderno de átomos cegos.
Uma ilustração esclerótica
regida pelo monopólio da invenção.
Na noite, perco-me na leitura da escuridão.
Apagam-se-me as partículas colhidas durante o dia.
Trafego no tédio do sono
construindo sinopses de itinerários.
Vias fantasmagóricas.
Dizem... o sonho!
Mas o sonho pertence ao dia e à noite
não tem terceira via.
Meu rumo está traçado
e não conheço a rota.
Quando o dia envelhece
logo vem a noite.
Entre os dois apenas um ínfimo buraco.
A morte.
Dizem que é a terceira via.
Fernando Oliveira
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