É tarde...
As luzes já dormem e o incauto
no fundo do bosque
desorientado e vencido
murcha no ar.
As ervas assobiam o nome
que dele voa como o vento do baptismo.
Enquanto as luzes continuam mortas
nutre-se da escuridão
dum paredão de barro
que o encerra
o curva
e o colhe
como um floreio
desterrado
no poço dum sol extinto.
Talvez não...
A aflição chegou ao âmago das flores silvestres
aflitas do soo da loucura.
Nos últimos instantes da negrura
reúnem-se na rossio da aurora.
Chorando todo o bálsamo no corpo gasto
lágrimas florentinas e alvorada
que fazem renascer o abelhão.
Fernando Oliveira
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